摘要:O artigo analisa um conjunto de transformações institucionais no mercado vitivinícola, sobretudo relacionadas aos sistemas de indicação geográfica. Argumenta-se que o contexto atual tem implicado uma reformulação radical do mercado, cujo elemento catalisador passa pelo reposicionamento dos atores líderes e, em especial, pelo surgimento de novas convenções qualitativas. A emergência destas convenções vem desafiando instituições basilares e colocando em xeque hierarquias e classificações que se estabeleceram ao longo de décadas. Gradativamente, a própria contraposição entre "novo" e "velho" mundo vitivinícola perde potencial analítico. As regiões vitivinícolas estão criando modelos compósitos de produção que conciliam padronização tecnológica e valorização dos recursos específicos do terroir. Assim, ao mesmo tempo em que o Novo Mundo se apropria do conceito europeu de indicações geográficas, este é redesenhado para ajustar-se a novos princípios. A partir de um estudo de caso realizado em 2010 na região do Languedoc (sul da França), mostramos que, em vez de contraporem-se a eles, as indicações geográficas passaram a incorporar princípios qualitativos característicos do Novo Mundo e dos chamados "vinhos tecnológicos".
其他摘要:This paper analyzes a set of institutional changes in the wine market and in the geographical indications system. It is argued that the current context reveals a radical transformation of the market which is not only catalyzed by the repositioning of the main players, but by the emergence of new quality conventions. The emergence of these conventions is a challenger for the precedent institutional framework and defies the hierarchies and classifications that were established over decades. Gradually, the opposition between the New World and the Old World in the wine sector loses its analytical potential. The wine regions are creating composites production styles that combine technological standardization and valorization of particular resources of terroir. At the same time that the New World appropriates of the European concept of geographical indications, the concept is redesigned to fit new principles. From a case study conducted in 2010 in the Languedoc region (Southern of France), we show that, rather than to contrast, the geographical indication systems incorporate some qualitative principles characteristic of the New World of wine.