Nesse texto buscamos relacionar dois discursos pedagógicos - a organização da escolaridade em ciclos, compreendida enquanto projeto educacional favorável à emancipação dos sujeitos e a performatividade, enquanto um novo modelo de regulação do sistema educacional. Com base em Basil Bernstein (1996, 2003) e Stephen Ball (2004, 2005, 2010), nosso objetivo é apresentar de que modo esses discursos apresentam modelos de práticas pedagógicas em disputa e como foram associados nos textos oficiais de uma rede pública municipal de educação, localizada no estado do Rio de Janeiro, cuja trajetória de organização da escolaridade em ciclos é de 15 anos. Argumentamos que essa associação (re) significou a escolaridade em ciclos no contexto cultural analisado, lhe atribuindo novas finalidades educacionais.