摘要:Este artigo baseia-se em uma revisão bibliográfica a partir de problemas que são tensionados pelo Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/Univates/CNPq). Traz, inicialmente, algumas proposições para pensar a instituição escolar como uma maquinaria que faz circular um conjunto de forças engendradas a fim de constituírem saberes e práticas escolarizadas, por sua vez, colocando em funcionamento uma determinada forma de vida marcada pela razão. Para muito além de apenas repassar conteúdos previamente determinados, a escola é entendida como um espaço de aprendizagens obrigatória, pública e gratuita. Sobretudo, é legitimada a dizer a verdade sobre os sujeitos, idealizando a pedagogia e a didática. Algumas questões parecem-nos relevantes, tais como: como conduzir a conduta do outro? Como governá-lo na sala de aula, no pátio, no corredor, em todos os espaços disponíveis? Quais os possíveis efeitos das práticas de condução na constituição da subjetividade do outro? Interessa-nos suspender as verdades sobre os processos de governamento presentes na escola, provocando pequenas fissuras no modo de olhar. Além disso, parece-nos pertinente pensar no espaço que a escola ocupa, visto que, por mais que se anuncie a sua crise, está encaixada no discurso capitalista neoliberal, reforçando a ideia de flexibilidade. Mais ainda, não abre mão dos processos de docilidade e investe na lógica competitiva.