摘要:A partir de 2003, juntamente com algumas ONGs e sindicados e associações de agricultores, instituições encarregados de pensar e propor ações de extensão rural no Brasil iniciaram um intenso processo de discussão e debate que levou a aprovação, em 2004, da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. Tomando esta última como objeto de análise, o artigo discute implicações interpretativas, ambiguidades discursivas e paradoxos narrativos contidos neste documento e em publicações que seguem orientação semelhante. A partir deste material, descreve-se um padrão discursivo baseado num sistema classificatório dual que ofusca a pluralidade de pontos de vista existentes no campo de debate sobre extensão rural. Em seguida aborda-se as implicações da retórica da “Nova Ater” feita a partir da purificação e descolamento de uma imaginada “Antiga Ater”, levando a um padrão argumentativo circular. Por fim, trata-se o caráter messiânico subjacente à ideia de “transição agroecológica”.