摘要:Este trabalho discute as contradições existentes na implementação de projetos de energia “limpa”, a partir de quatro casos do contexto brasileiro: agrocombustíveis via cana‑de‑açúcar, hidrelétricas, parques eólicos e, por fim, energia nuclear. Todos geram inúmeros impactos sociais, ambientais e à saúde que caracterizam o que denominamos provocativamente “injustiças da sustentabilidade”. Assumimos que os conflitos ambientais existentes nos casos são inevitáveis em sociedades de mercado, cuja visão hegemônica de desenvolvimento econômico das corporações e, frequentemente, órgãos de governo é confrontada por populações atingidas e movimentos sociais. Portanto, consideramos estratégico reconhecer as injustiças ambientais como forma de articular as bases materiais da sustentabilidade com questões econômicas, sociais, culturais e filosóficas acerca da noção de progresso.↓Ce travail se penche sur les contradictions qui existent dans la mise en œuvre de projets d’énergie “propre”, à partir de quatre cas du contexte brésilien: les agro‑combustibles venant de la canne à sucre, les sources hydroélectriques, les parcs éoliens et, enfin, l’énergie nucléaire. Tous ces cas engendrent d’innombrables impacts sociaux, environnementaux et de santé qui caractérisent ce que nous appelons avec provocation “des injustices de la durabilité”. Nous assumons que les conflits environnementaux qui existent dans ces cas sont inévitables dans des sociétés de marché, dont la vision hégémonique de développement économique des corporations et, fréquemment, des organes du pouvoir est confrontée par des populations touchées et des mouvements sociaux. Dès lors, nous estimons qu’il est stratégique de reconnaître les injustices environnementales comme forme d’articuler les bases matérielles de la durabilité avec des questions économiques, sociales, culturelles et philosophiques à propos de la notion de progrès.
其他摘要:This paper discusses the contradictions in the implementation of “clean energy” projects, regarding four cases in the Brazilian context: agrofuels via sugarcane; hydroelectric power plants; wind farms; and, finally, nuclear power. All generate lots of social, environmental and health impacts which frame what we call provocatively the “injustices of sustainability”. We consider that environmental conflicts related to these projects are inevitable in market societies, where the hegemonic view of economic development assumed by corporations and often government agencies is challenged by affected populations and social movements. Therefore, we believe that it is strategic to recognize environmental injustices as a way of interconnecting the material bases of sustainability with economic, social, cultural and philosophical issues related to the notion of progress.