摘要:Neste texto, busca-se descrever e analisar a dimensão política da festa de 20 de novembro realizada na comunidade Quilombola Campina de Pedra, Poconé, Mato Grosso (MT), e compreender como a escola dialoga com toda a simbologia negra que a perpassa. Metodologicamente, assenta-se na etnografia. Realizaram-se observações e entrevistas com festejadores e professores da escola. Os escritos etnográficos são resultados das experiências vividas durante o XI Encontro Quilombola realizado em novembro de 2015, registrados em caderno de campo. Teoricamente, apoia-se em Castro Júnior (2014), Pessoa (2005), Ribeiro Júnior (1982), entre outros. Os resultados apontam a festa Quilombola como um espaço privilegiado de reivindicações, memória, história e saberes ecoados no/e pelo corpo. A escola demonstra timidez em fazer intercomunicação pedagógica com a festa. Entende-se que os momentos festivos colaboram com o fortalecimento e as afirmações identitárias, na medida em que se relacionam os elementos do passado e presente manifestados no corpo festivo. Assim sendo, não condizem com a lógica epistêmica da modernidade e da colonialidade e, portanto, são elementos propícios para uma educação contextualizada ao universo histórico, social e cultural dos quilombos.