摘要:A crescente parceria entre o setor público e privado mobilizam novas formas de governança em rede no âmbito das políticas curriculares. Neste contexto, chama-nos atenção as ações de um Instituto brasileiro – o Instituto Natura –, vinculado à empresa brasileira Natura Cosméticos S. A., no cenário político-educacional brasileiro. Considerando a relação entre novos sujeitos políticos que compõem o terceiro setor em prol da educação, tomamos um dos projetos do Instituto – o Projeto Trilhas – como exemplo para problematizar as tentativas de regulação e fixação de sentidos para a prática docente no movimento de formação continuada dos professores alfabetizadores. Subsidiadas em Homi Bhabha, percebemos o deslocamento de uma autoridade que estimula a produção de uma vitrine de “boas práticas”, mobilizada através do Trilhas, movimentando uma noção de experiência como algo que inspira e, por isso, merece ser compartilhado e reproduzido. A noção de experiência docente que defendemos, em diálogo com as discussões derridianas, relaciona-se à ideia de acontecimento que nos coloca no lugar da imprevisibilidade, da experiência como algo único, subjetivo e singular, que se afasta da ordem do cálculo, visando a uma outra dimensão para o protagonismo docente: aquele que também tem o direito de significar o que entende por prática docente.