期刊名称:Contemporanea : Revista de Comunicação e Cultura
印刷版ISSN:1806-0269
电子版ISSN:1809-9386
出版年度:2021
卷号:19
期号:2
页码:59-78
DOI:10.9771/contemporanea.v19i2.35543
语种:Portuguese
出版社:Universidade Federal da Bahia
摘要:Este artigo apresenta dois posicionamentos teóricos possíveis frente à questão da objetividade jornalística: aintersubjetividade(MEYER, 1989; SPONHOLZ, 2009) e aobjetividade como ritual estratégico(TUCHMAN, 1999). Por meio de revisão crítica de literatura do gênero narrativa, é possível observar que esses são dois caminhos possíveis e bastante distintos para se responder o que está em jogo quando o jornalista reivindica a objetividade para si. No primeiro, é preciso discutir, antes de qualquer coisa, o fundamento ontológico do mundo em que vivemos e qual é a melhor maneira de se conhecer a realidade. Na segunda perspectiva, o jornalista segue uma série de procedimentos, não porque assim acredita que vai acessar a objetividade, mas porque essa metodologia é um modo de defesa contra os riscos da profissão. Como resultados, podemos indicar que, nointersubjetivismo, o compromisso da atividade jornalística é com os acontecimentos, independentemente de interpretação subjetiva. A presença de variados pontos de vista é, na verdade, uma estratégia de aproximação com o que ocorreu. Como não resulta de nenhuma compreensão ontológica da existência, para oritual estratégico, o que importa quando se trata de objetividade, é o jornalista se resguardar da exposição e deixar que os fatos “falem por si mesmos”, como se isso fosse uma operação possível. É nesse sentido que se evidencia a importância de embasamento ontológico na antiga, e ainda pertinente, discussão sobre objetividade jornalística.