摘要:O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de trabalho precário, promove implicações à saúde e à subjetividade de trabalhadores que têm que lidar com diversos riscos frente à manutenção da vida. Com objetivo de discutir modos pelos quais trabalhadores enfrentam este processo, apresentamos casos que expressam formas coletivas de resistências. A metanálise evidenciou que segmentos pobres da população constroem relações de trabalho e de vida social baseadas na cooperação, ajuda mútua e vínculos comunitários, que representam formas de resistência à precarização do trabalho. Embora cada caso tenha origens, propósitos e alcances distintos, a solidariedade neles presente evidencia a possibilidade de construção de relações sociais capazes de produzir e sustentar outras economias e subjetividades, a depender de cada circunstância e intencionalidade.