摘要:No presente artigo, apresentamos uma reflexão acerca do dilema da autoridade educacional que se estruturou num mundo “fora dos eixos”. Tal mundo, apesar disso, exige a autoridade docente para introduzir os “recém-chegados”, porque a essência da educação é a “natalidade”, isto é, o fato de os seres humanos nascerem no mundo. Porém, a crise da Modernidade é caracterizada pelo fim da Tradição e da autoridade e o problema da educação é não poder abrir mão de ambas. Assim, o problema reside no fundamento da autoridade educacional num contexto em que a autoridade chegou ao fim. O dilema se complexifica, pois a autoridade é confundida com o “autoritarismo”, oriundo das experiências totalitárias, as quais exigiam ou estimularam uma “obediência cega” por meio da violência e do terror (Arendt) e com as formas destrutivas de autoridade, como o paternalismo e a autonomia (Sennett). Argumentamos que a autoridade deve ser fundamentada na responsabilidade dos adultos pela criança e pela continuidade do mundo. Ademais, defendemos não haver educação sem transmissão, do mesmo modo que não há educação sem autoridade. A educação é uma relação geracional em que adultos introduzem os “novos” e lhes permitem experimentar o mundo e a si mesmos como novidade.