摘要:Quando for empossado diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em janeiro, José Graziano da Silva terá meios para ampliar as estratégias de apoio à erradicação da fome defendidas como representante da organização para a América Latina e o Caribe, cargo que ocupou desde 2006, e como coordenador do Programa Fome Zero, em 2001. Agora, porém, o exministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome trabalhará com um orçamento que equivale a menos da metade do que o do programa brasileiro no primeiro ano do governo Lula. “Por isso, a FAO precisa ser muito eficiente no uso dos recursos”, diz. Para esse agrônomo formado pela USP e doutor em Ciências Econômicas pela Unicamp, ser o primeiro brasileiro a liderar a FAO é fruto da imagem que o Brasil inspira em outros países para a efetiva redução da fome e da miséria. Mesmo estimando que o atual cenário de crise econômica dos países desenvolvidos e a alta dos preços dos alimentos não impactarão tanto no nível de população faminta quanto em 2008, Graziano defende celeridade na criação de um sistema de governança da segurança alimentar mundial mais efetivo. “O mundo já produz alimentos suficientes; com poucas exceções, a fome é um problema de acesso: falta dinheiro para comprar alimentos”, afirma.