摘要:Um bom executivo para arregaçar as mangas e avançar em negociações. Foi assim que o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo se apresentou em sua primeira coletiva de imprensa, concedida no final de janeiro, em Genebra, como candidato à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para o período 2013-2017. Representante permanente do Brasil junto ao organismo desde 2008, Azevêdo percebe como poucos os efeitos de 20 anos sem a conclusão de negociações relevantes na OMC e a descrença provocada pelo impasse da Rodada Doha frente à opinião pública e aos agentes econômicos. Em conversa telefônica no dia seguinte ao da coletiva, Azevêdo disse à Conjuntura Econômica que defende a necessidade de uma estratégia inovadora de negociação, bem como a resistência do multilateralismo frente às mudanças na configuração de poder no mundo. Em outra breve entrevista, a pesquisadora da EESP/FGV Vera Thorstensen, que já assessorou o Brasil na OMC, apresenta sua opinião sobre a plataforma que Azevêdo deve defender, caso saia vencedor — o processo de escolha terá início no próximo dia 31 de março.