摘要:Partimos de uma análise de conjuntura que marca no Brasil, nos últimos 30 anos, processos de precarizaçao do trabalho, hegemonia do capital financeiro especulativo sobre a produçao, gestao retórica das imagens como modo de dominaçao e disseminaçao do confinamento como dispositivo de controle, resultando na desqualificaçao da vida posta a disposiçao do tecnicismo vazio de sentido. Contrastando suas experiencias com o pano de fundo da imagem 'Estado capitalista financeiro no Brasil', dois pesquisadores entrelaçam problemas de pesquisa: análise dos modos de objetivaçao das denominadas 'políticas públicas' de segurança (mais especificamente o sistema prisional) e saúde mental (serviços substitutivos de saúde mental). Problematiza-se como tais 'políticas' se articulam e compoem com o boom do confinamento dos últimos anos. Aqui apresentadas como 'etno-pesquisa-interferencia', de inspiraçao foucaultiana em conversa com as formulaçoes mais recentes da sócio-análise francesa e da Etnometodologia, articula-se um modo pesquisante pelo qual procedimentos, técnicas e instrumentos se constituem orientados pelo imperativo estratégico do método, que é ao fim e ao cabo, uma decisao político-afetiva de compromisso com a ativaçao do desejo nas pessoas como alternativa.