摘要:Neste texto, pretendemos esboçar algumas considerações sobre a pedagogia histórico-crítica e, a partir dela, realizar discussões acerca da reivindicação do Movimento “por uma educação do campo”, investigando suas contradições frente à escola única.Iniciamos o trabalho em busca da compreensão da pedagogia histórico-crítica e suas diferenças em relação às teorias que a precederam.A partir da percepção de que a pedagogia histórico-crítica busca entender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo e oferecer aos homens, sejam eles do campo ou da cidade, uma educação que lhes permita compreender a situação de dominação a que são sujeitados pelo capital.Debatemos aqui as reivindicações dos movimentos sociais, dentre eles o MST e do Movimento por uma Educação do Campo, identificada com os homens que habitam este meio.Uma pedagogia crítica só poderá surgir em meio aos dominados, portanto, espera-se que a educação ambicionada por um movimento social do campo, como o MST esteja alinhada com esta teoria, contudo, ao observarmos a educação pretendida por estes Movimentos percebemos que, embora suas reivindicações por educação sejam autênticas, ao almejarem uma educação que considere as inúmeras especificidades dos diferentes indivíduos que formam o campo brasileiro, acabam rendendo-se ao interesse do capital, que é restringir o acesso das camadas populares aos conhecimentos gerais produzidos historicamente pelo homem e aos saberes desinteressados que lhes permitirão exercer funções técnicas ou intelectuais.Desta maneira, podemos concluir, sob a luz da pedagogia histórico-crítica, que os mecanismos de manutenção da ordem social imposta pelo capital, dentre eles a educação, cooptam os interesses do Movimento por uma Educação do Campo, fazendo com que eles inconscientemente reivindiquem uma educação que colabora para a perpetuação da ordem social vigente e manutenção da divisão social em classes.
关键词:Educação do campo;Pedagogia histórico-crítica;Movimentos sociais.