摘要:Neste artigo trato das disputas pelas memórias da ditadura argentina que tem como locus o campo jurídico. Analiso a trajetória da luta por Justiça do movimento familiares de desaparecidos, assim como o debate jurídico empreendido para legitimar a demanda pela responsabilização penal por violações aos direitos humanos. Exploro em que medida a cena judicial vem desempenhando-se como espaço central de produção do saber e da verdade sobre a ditadura na Argentina. Por meio da realização de uma etnografia das audiências nos chamados julgamento de delitos de lesa humanidade , problematizo como vítimas e acusados, assim como os atores judiciais, por meio das narrativas que enunciam, convertem os tribunais em lugar privilegiado para a afirmação de sentidos ao passado ditatorial recente.