摘要:A paisagem “natural” transformada em mercadoria, enquanto atrativo turístico, é consumida à medida que se reproduz o espaço. Ampliada por esse consumo, a degradação da natureza conduz ao fim dessa mercadoria, desvendando um dos mais contraditórios e preocupantes fardos da economia capitalista, a sua insustentabilidade. Ao analisar o arquipélago de Tinharé, que se encontra inserido neste processo, observa-se que, com a instalação da economia turística, há uma aceleração da reprodução do lugar sob os moldes da sociedade urbano-industrial. Os valores que deram suporte ao turismo por sua escassez (belezas naturais, tranquilidade, cultura nativa), rapidamente passam a ser substituídos pelas contradições produzidas pelo sistema social e negadas pela sociedade urbana, gerando uma grande desvalorização do lugar e do próprio capital fixo. Diante disto os investidores de capital procuram um espaço novo para acumulação e manutenção do lucro, seja esse no mesmo lugar ou se deslocando para outros.