摘要:O artigo discute o olhar sobre o tempo de crianças de uma escola de educação infantil em tempo integral. Do ponto de vista teórico, apoia-se em reflexões sobre o tempo apresentadas por Bergson, Kohan, Prigogine e Stengers; sobre as infâncias, por Kohan e Larrosa; sobre o tempo escolar, por Barbosa e Sanches; e sobre a discussão de Gallo e Lins a respeito de outras possibilidades de experenciar os tempos na escola. A parte empírica da pesquisa foi realizada mediante um diálogo com as crianças, tendo por base a história do livro Armando e o tempo, de Mônica Guttmann, a partir da qual fizeram um desenho. Os indícios nos/dos desenhos foram discutidos, tendo como referência o Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg, na intenção de decifrá-los e compreendê-los através das pistas, observando seus significados. Ao decifrar tais pistas, o estudo mostrou que os dois tempos – cronológico e aiónico – estavam presentes em seus cotidianos: o tempo cronológico representado pelo relógio, e o aiónico pela imaginação. Essa constatação possibilita que se pense nas/com as escolas outras infâncias e outros tempos, para além da cronologia, que abranjam a dimensão da experiência do tempo Aión, que expressa a intensidade do tempo da vida humana. Palavras-chave: tempo, infância, escola.
其他摘要:This article focuses on time for children in a full time preschool. Theoretically, this paper drawns on the reflections about time in Bergson, Kohan, Prigogine, and Stengers; about childhood in Kohan and Larrosa; about school time in Barbosa and Sanches; and about other possibilities to experience times in school as seen in Gallo and Lins. In order to find out how thechildren involved in our research read the time, we talked to them using the book “Armando e o Tempo” (Armando and the Time) by Mônica Guttmann, from which they made a drawing. We then used the clues in and from the drawings referring to the Evidential Paradigm by Carlo Ginzburg. We were able to decipher that the two times - chronological and aeonic - were presentin their everyday life: the chronological time was represented by the clock, and the aeonic one, by the imagination. Thus, we can think of schools as having other childhoods and other times, and conceive of childhoodbeyond chronology and also recognize it in the dimension of the experience, in the intensity of its duration, including the possibility to experience the Aeon time.Key words: time, childhood, school.