摘要:Os riscos à saúde dos produtores rurais e os danos ao meio ambiente oriundos da produção de tabaco são resultado, fundamentalmente, do uso de agrotóxicos e do desmatamento.Atribui-se ao setor fumageiro as externalidades negativas advindas de tais práticas.Nesse sentido, o presente estudo se propõe a analisar as percepções de agricultores e de agentes de desenvolvimento acerca dos aspectos ambientais, sociais e econômicos do cultivo de tabaco no município de Arvorezinha (RS).A pesquisa foi realizada a partir de métodos qualitativos, de cunho etnográfico, envolvendo observação participante e entrevistas semiestruturadas com 17 famílias de produtores de tabaco e sete agentes de desenvolvimento.A pesquisa indicou que o cultivo do tabaco se dá principalmente em função da renda que a atividade proporciona, relegando a segundo plano outras áreas de influência.Em relação aos aspectos ambientais, percebe-se haver preocupação com os solos, por exemplo.Quanto aos aspectos sociais, evidencia-se que alguns entrevistados se sentem impotentes frente ao sistema estabelecido entre empresa integradora e produtor, enquanto outros julgam a integração agricultura-indústria como solução para os problemas enfrentados pelo setor agrícola fumageiro.Por fim, pode-se concluir que o aspecto econômico, aliado aos elementos sociais, como sobrevivência da família, evidenciado na palavra sustento, está relacionado à forma como os agricultores percebem o termo sustentabilidade.