摘要:O atual contexto educacional brasileiro exige um aprofundamento no debate sobre a formação de professores. A vida acadêmica está envolvida com a discussão da qualidade do ensino. Questionam-se os padrões de qualidade dos cursos oferecidos pelas universidades, particularmente, as licenciaturas. Poucas instituições de nível superior conseguiram resguardar a qualidade da formação profissional, mesmo assim, em graus diferenciados por áreas de conhecimento. Algumas introduziram novas áreas com desenvolvimento qualitativo, outras, simplesmente, despencaram em termos de qualidade. Não é incomum observar-se que algumas universidades, na falta de projetos criativos que as aproximem do futuro, voltam-se a práticas já vividas, em modelos acadêmicos esgotados. A impressão que se recolhe é de um transe da universidade brasileira, abalada por interesses partidários, corporativistas e ideológicos. O campo universitário torna-se, assim, fértil a medidas espúrias que projetam mais e mais inconstância na vida acadêmica. O processo evolutivo do ensino superior não é natural, próprio do aperfeiçoamento telúrico de cada instituição, mas sempre determinado por forças externas, oriundas de fontes, por vezes, de duvidosa competência. As distorções agigantam-se movidas pelas dependências externas à dinâmica universitária e pela entropia criada pela inércia do sistema. As licenciaturas, responsáveis pela formação de professores, acumularam, nos últimos anos, padrõesde ineficiência. O nível de qualidade oferecido está longe de corresponder a necessidades de melhorias no desempenho profissional. Há um quebra-cabeça que confronta a qualidade do aluno das licenciaturas com a qualidade da própria licenciatura. É dispensável saber-se em que ponta começa o enfraquecimento do processo educacional no que se refere à formação de professores. O importante é que em uma delas, fundamental ou superior, ou em ambas de preferência, se inicie a razão de qualidade.