摘要:O presente trabalho parte de uma problemática relacionada à tradução e à circulação de obras francesas no Brasil no atual contexto de hegemonia da língua/cultura estadunidense. Nesse sentido, aborda discussões em torno das lógicas econômicas e simbólicas que regem as trocas culturais entre o Brasil e a França por meio da tradução. O estudo objetiva trazer a lume um aspecto específico relacionado à problemática da tradução de obras francesas no Brasil: o estudo da percepção que os tradutores possuem sobre o próprio fazer tradutório. Do ponto de vista teórico, o estudo utiliza-se de algumas noções emprestadas à sociologia da tradução (Pierre Bourdieu, Pascale Casanova), bem como de conceitos relativos à tradução como reescritura e ao tradutor profissional (André Lefevere, Fabio M. Said). Do ponto de vista metodológico, baseia-se na análise qualitativa de onze entrevistas realizadas com tradutores de obras francesas atuando no mercado editorial do Rio de Janeiro e São Paulo. Busca, ainda, a partir do discurso de cada tradutor, apreender a maneira como estes atores se veem e percebem o seu papel enquanto profissionais no sistema de tradução: se aprimorador do texto de partida, mediador entre culturas ou divulgador da língua-cultura de partida.