摘要:Neste artigo, argumentamos que o modelo de gestão ambiental baseado em inovação tecnológica e voltado para o aumento de eficiência que vem sendo adotado pelo setor siderúrgico encontra-se longe de compensar ou reverter o aumento dos impactos criados pela expansão da produção em curso. Desde o início dos anos 1990, o setor siderúrgico brasileiro vem passando por um processo de reestruturação que se manifesta atualmente na inserção no mercado global, através da expansão da capacidade de produção de bens semi-acabados para os mercados da Europa e dos EUA. Essa tendência pode ser captada pela concentração dos atuais projetos de expansão junto a portos exportadores em várias regiões do país. Além de diversos efeitos negativos no campo da economia e tecnologia, a expansão da produção de semi-acabados tenderá a agravar os impactos sociais e ambientais produzidos atualmente pelo setor siderúrgico. Existe um esforço das empresas em reduzir seus impactos sociais e ambientais, porém elas têm se limitado à inovação tecnológica gradual, que é incremental e apenas permite ganhos marginais de eficiência. Como o desafio apresentado ao setor siderúrgico é maior do que o simples debate sobre eficiência e gestão e vai além da engenharia e da administração, propomos que a discussão sobre a relocalização das etapas mais impactantes da produção de aço deva ser apropriada pelos fóruns de políticas públicas, desenvolvimento local, promoção da saúde e proteção ambiental. Palavras-chave: Siderurgia; Gestão Ambiental; Justiça ambiental. Abstract In this article, we argue that the environmental management model based on technological innovation and increasing efficiency is not capable of compensating the environmental impacts that result from the expansion of the iron and steel sector in Brazil. Since the early 1990s, the Brazilian iron and steel industry has gone through a restructuring process, which resulted in the production expansion of semi-finished goods to supply the global market. Such trends can be identified in the projects developed close to exporting ports in various regions along the Brazilian coast. In addition to negative effects on the economic and technological fields, production expansion of semi-finished goods might intensify the environmental and social impacts created by the iron and steel sector. Companies are making significant efforts to reduce and mitigate their environmental and social impacts; however, they have limited their initiatives to gradual technological innovation, which is incremental and only obtains marginal efficiency progress. As the challenge faced by iron and steel sector in Brazil is broader than the simple debate about efficiency and management and goes beyond engineering and technology, we recommend that the discussion about the displacement of the hot phase of iron and steel production to countries like Brazil, should be incorporated by forums that debate public policy, local development, health promotion and environmental protection. Keywords: Steel Sector; Environmental Management; Environmental Justice