摘要:The TV series O auto da Compadecida (1999) and A invenção do Brasil (2000), produced by Guel Arraes, and reedited and distributed as film one year after their exhibition on Rede Globo, introduced a new logic of production into the Brazilian audiovisual market. The transformation of these series into films cannot, however, be seen as an adaptation, even though the same recorded material is used in the process of re-editing. Would there, therefore, be a type of editing (montage) inherent to these audiovisual products destined to transit between the two kinds of media, television and film? The present article discusses the issue and proposes that the way which Guel Arraes found to reach these results – in the “two-in-one” type, which “work” equally well as a television program and as a film – was what we can describe as editing (montage) in modules.↓As minisséries O auto da Compadecida (1999) e A invenção do Brasil (2000), produzidas por Guel Arraes para a TV e, posteriormente, reeditadas e distribuídas como filme um ano depois de sua exibição pela Rede Globo, inauguraram uma nova lógica de produção no mercado audiovisual brasileiro. A transformação dessas minisséries em filmes não pode, no entanto, ser pensada como adaptação, pois o que temos, a partir do mesmo material anteriormente gravado, é um processo de "remontagem". Haveria, então, um tipo de montagem inerente a tais produtos audiovisuais, pensados, já na origem, para o trânsito entre meios? O presente artigo discute a questão e propõe que o caminho encontrado por Guel Arraes para obter esses resultados do tipo “dois em um”, que “funcionam” tanto como programa de TV, quanto como filme, foi o apelo ao que descreveremos como "montagem em módulos".